segunda-feira, 1 de maio de 2023

18 de maio: Dia Nacional do Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes




Para se ter uma ideia da importância do tema, existe até um dia específico voltado ao combate do abuso sexual infantil. O objetivo é mobilizar a sociedade e engajá-la no tema, motivando as denúncias de violência e abuso e também oferecendo informações para que os pais e protetores consigam reduzir os casos e manter as crianças mais seguras.

A data foi escolhida porque, em 18 de maio de 1973, uma menina de apenas 8 anos de Vitória (ES) foi sequestrada, violentada e morta. O corpo foi encontrado dias depois carbonizado. O crime chocou o país, mas os agressores nunca foram punidos.

O perfil do abusador

Como sabemos, na maioria dos casos de abuso sexual infantil, o abusador é alguém que a criança conhece, convive, confia e ama. Na maior parte das vezes, ele é membro da família e dispõe de certo poder sobre a vítima, como pai, padrasto, irmãos, primos, tios ou avós. Dados corroborados pelo Guia de Referência produzido pela Childhood Brasil.

Fora do âmbito familiar, o abuso também pode acontecer e o abusador costuma ser alguém conhecido da criança e com quem ela tem uma relação de confiança, como amigos da família, vizinhos, educadores, médicos, psicólogos, responsáveis por atividades de lazer e até técnicos de modalidades esportivas. Raras vezes o abusador é uma pessoa desconhecida.

Consequências do abuso sexual infantil

Uma criança abusada sempre sofrerá sequelas dessa violência, desenvolvendo problemas de relacionamento e até de comportamento, como o abuso de drogas e medicamentos na adolescência, atitudes agressivas, quadro depressivo e assim por diante. A vítima poderá apresentar sentimentos confusos e nem sempre a criança consegue compreender o que está acontecendo no momento, percebendo a situação posteriormente, quando ela processa que aquilo vivido foi uma agressão. É comum que essas crianças cresçam com sentimentos como:

  • medos aparentemente infundados;
  • culpa;
  • imagem corporal negativa;
  • dificuldades para estabelecer confiança interpessoal.

Como prevenir o abuso sexual infantil?

Como você viu, embora o abuso sexual infantil seja um tema complicado de ser abordado, ele é extremamente importante. Primeiro, porque ainda é algo que acontece frequentemente em muitos lares brasileiros e, segundo, porque ele pode ter consequências danosas às vítimas. Veja algumas dicas que podem ajudar a proteger o seu filho contra essa violência:

Converse com a criança sobre as partes íntimas do corpo

As crianças precisam saber nomear corretamente as partes do corpo e identificar o que é íntimo, para assim, poderem relatar aos pais quando algo fora do comum acontecer. Ensine ao seu filho o nome correto de todas as partes do corpo e explique sobre as partes íntimas, ensinando que ninguém poderá tocar nessas regiões e nem vê-las, apenas os pais quando forem dar banho ou trocar de roupa.

Explique sobre os limites do corpo

Ensine a criança a não permitir que ninguém toque as suas partes íntimas, ou ainda, que ela não toque nas partes íntimas de nenhuma pessoa, seja ela conhecida ou desconhecida. Alerte a criança para possíveis artimanhas usadas pelos abusadores, como trocar carícias por doces, apresentar um “cachorrinho” e assim por diante.

Incentive a criança a conversar com você

É preciso que o seu filho se sinta seguro para lhe contar qualquer coisa, inclusive uma situação de abuso. Muitas vezes, os abusadores pedem às crianças para manterem o ocorrido em segredo, seja ameaçando-a ou de maneiras lúdicas.

Se o seu filho for ensinado que segredos não são coisas boas e que ele sempre poderá (e deverá) contar a você tudo o que acontece, será mais fácil de identificar uma situação de abuso. Lembre-se que essa relação de confiança é muito importante e, por isso, a criança NUNCA deverá ser punida, criticada ou castigada por contar qualquer coisa sobre o seu corpo.

Saiba com quem seu filho anda e o que ele está fazendo

Muitos dos casos de abuso infantil acontecem quando uma criança passa horas sozinha com um adulto, que pode ser um membro da família ou um conhecido. Por isso, saiba o que seu filho está fazendo mesmo na sua ausência.

Se for preciso deixá-lo por horas com um adulto ou um adolescente responsável, tenha meios de vigiá-los por um tempo para saber como é esta relação. O melhor é sempre preferir situações nas quais seu filho integre-se a um grupo, pois isso dificulta a ação de abusadores.

Porém, tente saber sobre as pessoas que cuidarão da criança mesmo nesses casos. Por exemplo, se você for inscrever seu filho em um acampamento, saiba quem são os monitores e qual preparo eles possuem para prevenir e reagir contra um possível abuso.

Analise a reação da criança

Muito importante: sempre analise a reação da criança. Se ela demonstra não ter afeição por alguém próximo, que ela teoricamente deveria desenvolver afeto, tente entender o motivo.

Identifique os possíveis sinais de um abuso

Embora não seja fácil notar os sinais físicos de um abuso sexual, é possível que a criança tenha alterações no seu comportamento, como: irritação, ansiedade, dores de cabeça, alterações gastrointestinais frequentes, rebeldia, raiva, introspecção ou depressão, problemas escolares, pesadelos constantes, xixi na cama e presença de comportamentos regressivos (por exemplo, voltar a chupar o dedo). Outro sinal de alerta é quando a criança passa a falar abertamente sobre sexo, de forma não-natural para a sua idade, física e mental.

Se você notar algum desses sinais, tome cuidado com a sua reação, porque ela poderá fazer com que a vítima se sinta ainda mais culpada. O importante é oferecer apoio à criança, escutando o que ela tem a dizer e não duvidando da sua palavra. Busque ajuda e orientação profissional para que o seu filho consiga falar sobre o ocorrido e lidar com o fato.

Claro, busque medidas legais para afastar o abusador. Romper o silêncio é uma forma ativa de lidar com o problema e impedir que ele continue acontecendo.

Como a sociedade pode ajudar na prevenção do abuso sexual infantil?

Apesar de ser um assunto íntimo, o abuso sexual infantil deve ser combatido pela sociedade. Afinal, um país que se preocupa e cuida das suas crianças e jovens é uma sociedade que oferece mais possibilidades de crescimento e de futuro. Nesse sentido, as escolas e demais instituições de atenção à infância e à adolescência podem contribuir de várias maneiras:

  • oferecendo informações às crianças para que elas consigam entender quando estão sendo expostas a uma situação perigosa ou que possa se configurar como abuso sexual;
  • sensibilizando os familiares ou os responsáveis pela educação das crianças, demonstrando o quanto é importante desenvolver maneiras de fortalecer o seu filho contra o abuso sexual, com uma relação de confiança;
  • treinando o olhar dos educadores para que eles identifiquem casos de violência doméstica e de abuso sexual.

Reduzir as desigualdades sociais e a pobreza também é uma forma de combater o abuso sexual infantil e a violência contra a criança, oferecendo a esses jovens mais oportunidades e evitando que eles tenham de conviver durante anos em lares desestruturados e que não oferecem suporte adequado às suas necessidades.

FRENTE À QUALQUER INDICIO DE VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES, NÃO SE OMITA, DENUNCIE:

CONSELHO TUTELAR:  (14) 3413-3877

DISQUE 100

POLICIA MILITAR (190) 

DELEGACIA DE POLICIA CIVIL


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